Para ex-alunos com colégio SESI do retiro este é um famoso conhecido deles. Pelos anos que estudei lá pude vê-lo de perto e bem as suas constantes enchentes que alagavam o térreo inteiro do colégio que impossibilitava haver qualquer tipo de acesso a parte interna do colégio. Alegria para uns, tristeza para outros, este Rio Impactava diretamente os alunos e a partir da expressão deste quando saberia que não haveria aula podíamos avaliar seu interesse e comprometimento com os estudos.
Dados escolares a parte, este rio é mais que um córrego com um nome peculiar que provocava transtornos com havia enchente. Algumas pessoas o confundem com o Rio Camurugipe, um dos maiores de Salvador, porém este realmente se chama Rio das Tripas e é um dos afluentes do Camurugipe.
O nome peculiar do Rio se dá pelo fato de que próximo ao local da nascente havia o maior matadouro da cidade (se não o único).
Possui bastante relevância na história de Salvador, sua nascente se dá na Rua da Vala, localidade da Barroquinha, Centro da Cidade. A partir daí o Rio segue seu fluxo passando pela Baixa dos Sapateiros, Aquidabã, 7 portas, Dois Leões e desagua no Rio Camurugipe nas proximidades da Rótula
Até a década 70 o Rio das Tripas foi um dos principais mananciais de abastecimento de água na cidade, porém a partir dai processos de desenvolvimento urbano destruíram alguns diques que existiam no Calabetão e Mata Escura de água limpa para se tornar o que são hoje: uma imensa bacia de esgoto.
Em pensar que se paramos pra pensar, é quase inviável pensar em um Rio dentro de Salvador que não haja poluição, mas pior ainda saber que o que hoje chamamos de esgoto já nos foi bastante útil para abastecimento água. Antes de pensar em jogar um papel na rua, jogar lixo nas encostas ou qualquer ato semelhante, vamos pensar nos rios próximos de Salvador que ainda há água própria para consumo para não replicar a triste realidade que vemos nos rios de Salvador.